Os documentos imagéticos apresentam um
grande desafio quanto sua própria concepção enquanto documento de arquivo e
muitas vezes apresenta discordância quanto ao seu suporte e sua técnica de produção,
a própria fotografia por muito tempo não foi considerada relevante para o arquivamento.
A monografia de Laila di Pietro e Nathalia Ferreira explica que Os registros
imagéticos foram durante muito tempo classificados e descritos a partir do
fotógrafo responsável e a técnica utilizada, distanciando-se ainda mais da sua
contextualização arquivística. O texto de Andre A. Lopez, Contextualización Archivística de Documentos
Fotográficos, explica que documentos imagéticos de arquivo dissociados de seu
organismo produtor reduzem as possibilidades de uma compreensão global quanto
ao seu significado (pag.4) documentos imagéticos de arquivo não podem ser
analisados individualmente e fora do seu contexto de produção, pois perdem o
seu caráter arquivístico e tornam-se fonte de um conhecimento que pode ser errado
quanto ao seu significado. A análise tipológica de materiais
audiovisuais e imagéticos contribui para que os documentos sejam armazenados de
forma a se relacionarem com a instituição, comprovando sua autenticidade e
relatando os procedimentos existentes para sua produção, ou seja, como o
documento foi produzido, por quem e para qual finalidade, como cita a
monografia desenvolvida por Laila e Nathalia (pag.13).Gombrich (2008) explica
que quando estamos falando de arte, temos que descobrir as prováveis
intenções e a finalidade da obra de arte
no ambiente em que foi criada, como na imagem proposta pelo exercício onde deve-se
descobrir qual foi a intenção do autor Robert Doisneau em reproduzir tal
imagem. É preciso investigar os motivos, as finalidades e as causas de tal
reprodução e porque esse documento foi preservado. Nem sempre o que uma pessoa
observa em uma foto e mesma coisa que outra pessoa observa... Os pontos de
vistas são diferentes, cada um observa com a sua ótica e com seus conhecimentos
e faz sua própria leitura da imagem que vê. Se for um contexto administrativo
sem referência, isso nos levará a fazer qualquer descrição da imagem para outro
contexto. Como explica o professor André Porto A. Lopez em documentos
imagéticos de arquivo, que os organizadores de acervos de documentos imagéticos
tendem, muitas vezes, a valorizar os conteúdos informativos da imagem, ao invés
do seu contexto de produção, isto é os motivos pelos quais os documentos foram
produzidos (pag.24). A monografia Organização de documentos audiovisuais e
imagéticos: uma abordagem em diplomática e tipologia documental de Laila
Figueiredo di Pietro e Nathalia ferreira de Carvalho aborda que a análise
tipológica de materiais audiovisuais e imagéticos contribui para que os
documentos sejam armazenados de forma a se relacionarem com a instituição,
comprovando sua autenticidade e relatando os procedimentos existentes para sua
produção, ou seja, como o documento foi produzido, por quem e para qual
finalidade. A organização dos documentos através da Diplomática e Tipologia
Documental permite ao profissional da informação, além do armazenamento do
acervo e sua catalogação, indexação e classificação, um novo modelo de
arquivamento que permitirá sua busca para finalidades específicas, de
comprovação da autenticidade do documento, de acordo com suas relações
institucionais (pag.13). O estudo de Laila e Nathalia também faz outra
observação muito importante: Que os documentos imagéticos tradicionalmente
recebem um tratamento arquivístico focado nas descrições da imagem propriamente
dita e que normas adotadas para classificação e descrição da imagem, podem
dificultar o acesso às características arquivísticas que definem a finalidade
do arquivo e corre-se o risco da perda da autenticidade do documento durante
esse processo. A fotografia de Robert Doisneau segundo os textos lidos,
considerada como um documento individual, perde o seu contexto arquivístico. A análise
da fotografia da V5 comunicação da cachoeira é ótima para explicar o que ocorre
com os documentos imagéticos... Por ser criada com a finalidade de uma campanha
publicitária dentro de sua instituição produtora ela será armazenada na serie
referente à determinada campanha. Mas caso a foto tivesse sido produzida por
uma equipe de esportes que realiza rapel na cachoeira, com a intenção de
registrar uma atividade realizada pelo atleta o documento seria diferente,
mesmo a fotografia sendo a mesma aparentemente. A análise de um documento imagético
deve ser feita a partir de quem produziu o documento, com qual intenção e com
qual finalidade e dentro do seu contexto para que o estudo desse documento seja
feita de maneira coerente e correta.
Bibliografia:
- Organização de documentos audiovisuais e
imagéticos : uma abordagem em diplomática e tipologia documental – Laila
Figueiredo di Pietro e Nathalia Ferreira de Carvalho
- Contextualización Archivística de Documentos Fotográficos –
Andre Porto A. Lopez
- Documentos imagéticos de arquivo - Andre Porto
A. Lopez
Ficou bom, o conteúdo tá bacana, resumido, sucinto!!
ResponderExcluirAconselho vocês a colcoarem uma imagem só pra ficar mais ilustrativo!
Beleza, lind@s?
=)
Gente, esse texto daí de cima está bem organizado, porém traz frases e ideias de outros autores sem que seja feita a devida menção e referenciação para cada pedaço parafraseado/copiado.
ResponderExcluirBem sei que não houve intenção de plágio, mas, cumprindo os objetivos pedagógicos da disciplina, fica dado aqui esse toque.
Para melhor entender a questão do plágio vejam o divertido post sobre o tema aqui.
Outro problema desse tipo de mistura de ideias e autores (sem a devida menção) é que a confusão também se espalha para o vosso texto, deixando o leitor em dúvida sobre quais são as ideias do grupo e quais são as ideias de outros autores.
Não se desesperem, porque esse problema é bastante normal com alunos de graduação. Minha sugestão é manter esse texto como está, para fins pedagógicos e ilustrativos e fazer uma nova versão ajustada, oportunamente, incluindo aqui o novo link.